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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Espaço Nascente - Apoio no pós parto

LINKS:
http://www.podcultura.com.br/sao-paulo-ganha-espaco-de-atencao-a-mulher-e-as-familias-apos-o-parto.108.5145

http://www.plenamulher.com.br/dicas.asp?ID_DICAS=3138

Saúde
São Paulo ganha espaço de atenção à mulher e às famílias após o parto  

Proposta é acolher, informar e oferecer cuidados para a mãe, o pai e o bebê com atividades gratuitas

No próximo dia 31 de março, será inaugurado na zona Oeste de São Paulo o Espaço Nascente. A casa, que fica no bairro do Sumaré, tem como missão acolher mães, pais, bebês, cuidadores e famílias em um momento muito delicado: o pós-parto ou puerpério. Na data, a partir das 10h, serão realizadas atividades gratuitas para toda a família.

“As famílias tem uma cultura de planejar bastante o parto, pensando em cada mínimo detalhe, mas não se preparam da mesma forma para o puerpério, que é um momento extremamente delicado, em que estão nascendo novas vidas, com a chegada do bebê. Este é um momento de avassaladoras transformações, e,m que a mulher mãe, o homem pai e o bebê precisam de toda atenção e cuidado”, explica o Dr Carlos Corrêa, o Cacá, coordenador do espaço.

O Espaço nascente oferece atividades gratuitas de atendimento à família, como rodas de conversa sobre amamentação e pós-parto, que acontecem semanalmente. Além disso, promove cursos, como o de massagem para bebês e encontros gratuitos de promoção ao uso dos carregadores de bebês (slings) e fraldas de pano. Também dispõe de atendimentos pagos, como consultoria em amamentação, alimentação para bebês e crianças. Também podem ser agendados atendimentos de massagem e fisioterapia.

Inauguração

Uma festa no dia 31 vai marcar a inauguração do espaço. Serão promovidas atividades gratuitas durante todo o dia para gestantes, mães, pais, bebês e cuidadores.

Entre as atividades, estão, grupos de bate-papo, conversas com especialistas, cursos de massagem, yoga para gestantes e bebês, atendimentos sobre amamentação e alimentação saudável. Também haverá oficinas de mandala e contação de histórias para as crianças e um ateliê sensorial, em que os pais são convidados a entrar no mundo dos sentidos dos bebês.

Confira abaixo a programação completa do dia 31

Sobre o Espaço Nascente

O Espaço Nascente é um ambiente de acolhimento e reflexão.

Acreditamos que, com uma criança, nascem novas vidas: nascem mães, pais, avós, tios, nasce uma família. E a chegada destas novas vidas provoca grandes transformações.

Nosso objetivo é dar atenção a todos e oferecer acolhimento neste momento tão fundamental, promovendo reflexões e atividades para a mente e para o corpo.

Nossa missão é informar, acolher e compreender cuidadores de bebês e crianças, promovendo a infância, a maternidade, a paternidade e o cuidado de forma divertida e prazerosa.

Nossos públicos são bebês, crianças e adolescentes; pais e mães; pessoas planejando a maternidade e/ou a adoção, gestantes e acompanhantes, doulas e profissionais da área da saúde, avós, babás e cuidadores.

Nossa equipe é formada por profissionais de diversas áreas, com perfis complementares, que garantem a multidimensionalidade das nossas atividades.

Todos compartilham de valores fundamentais, nos quais estão centradas as nossas ações: o cuidado, a confiança, o amor, a inovação, o respeito, a qualidade, a compreensão, a sensibilidade, a criatividade e a diversidade.

Serviço
Inauguração do Espaço Nascente: atividades gratuitas para toda a família
Dia 31/03/2012, das 10h às 18h
Rua Grajaú, 599 - Próximo ao metrô Sumaré - São Paulo
Informações: http://espaco-nascente.blogspot.com/
No Facebook: http://www.facebook.com/espaconascente

PROGRAMAÇÃO

* Não é necessária prévia inscrição.
* Recomendamos que se chegue ao local com 20 minutos de antecedência em relação ao horário da atividade de que deseja participar.

Horário
 Atividade

Durante todo o dia
 Slingada, com Rosangela Alves, da Sampa Sling.
Fraldada (fraldas de pano), com Raquel Honig.
Plantão de dúvidas e questões sobre o pós-parto (individual ou casal), com Cris Toledano, psicóloga.
Massagens, com Priscila Castanho, da Abraço Materno.
Barriga de gesso, com Mariana Lettis.


 

10h
 Oficina corporal para gestantes: Corpo, emoções e parto, com Luciana Carvalho, da Maternidade Orgânica (sala verde).

10h30
 Conversa com o especialista: A amamentação nas primeiras horas de vida, com Andrea Santos, fonoaudióloga (sala sol).

11h
 Workshop de Shantala  -  Vivência para pais , com Priscila Castanho (sala água).

11h
 Encontro de pais no pós-parto, com Cris Toledano, psicóloga.

11h30
 Oficina de ervas e aromas e banho de balde, com Sabrina Jeha, Herborista do Viveiro Orgânico Sabor da Fazenda e consultora em fitoterapia (sala sol).

12h
 Conversando com a doula, com Mariana Lettis, doula (sala verde).

13h
 Encontro Materna Sola (sobre a maternidade autônoma), com Cris Toledano  e Mariana Lettis (sala verde).

13h
 Papo de Pais, com os pais Nilton, Fred e Sérgio (sala sol).

14h
 Workshop de Baby Yoga, com Viviane Cabral, Professora de Hatha Yoga (sala sol).

14h30
 Conversa com o especialista: Alimentação natureba , com Fabíolla Duarte (sala verde).

15h
 Conversa com o especialista: alimentação infantil, com Dani Pane, nutricionista (sala verde).

15h30
 Atelie sensorial, com Dr. Carlos Corrêa, o Cacá, pediatra (quintal)

16h
 Oficina de Mandala, com Ana Bach (sala sol ou quintal)

16h30
 Contação de história, com Elenira Peixoto, atriz e contadora de histórias (sala sol).

17h
 Musicalização, com Danielle Carvalho, instrumentista (sala sol).

17h30
 Dança Materna, com Tatiana Tardiolli (quintal ou sala sol).

18h
 Encerramento: sorteio de brindes e confraternização.



Portal Podcultura


Pauta
Carla Manga


Colaborador de pautas
Larissa Yamatogue


Marketing e Publicidade
Carol Queiroz


Editor Chefe
Sandra Camillo


Matéria no site Natura Mãe Bebê - Mães na internet e grupo de pós parto

Link:
http://bebe.abril.com.br/canais/mamae-e-bebe/ajuda-necessaria-reportagem.shtml

Ajuda necessária
Com uma mãozinha das mulheres da sua vida - e também da internet - vai ficar bem mais fácil lidar com um bebê pequeno em casa
Foto: Divulgação
Nos tempos de nossas mães, as mulheres contavam com uma ampla e eficiente rede feminina de apoio para lidar com o bebê logo após o parto: era uma legião de avós, tias, cunhadas e irmãs mais velhas que podiam oferecer ajuda, ficar com o pequeno por uns tempos e orientar com as dificuldades que surgiam no dia a dia. Hoje a configuração da família mudou bastante. Os núcleos familiares ficaram mais enxutos e a ala feminina da maioria deles está no mercado de trabalho. Sem contar que, muitas vezes, a mulher dispensa reforços de parentes ou amigos porque colocaram na nossa cabeça que o gênero feminino tem que ser capaz de dar conta de tudo, a qualquer custo.
Mas a verdade é que toda ajuda é bem-vinda quando se tem um bebê para cuidar e ninguém tem que se achar menos mulher porque pediu para a sogra ficar algumas horas com o filho. "Na maioria das vezes, acaba tudo nas mãos do casal. Como depois de alguns dias o homem volta ao trabalho, a mãe fica numa situação de grande solidão a maior parte do tempo", constata Cristina Toledano, psicóloga que coordena um grupo de apoio a mulheres no pós-parto em São Paulo. Mesmo com a ajuda profissional de uma babá ou empregada, fica a sensação de não ter com quem dividir tantas angústias, todas as dúvidas sobre aquele momento tão transformador da vida. "Por isso, fazer parte de um grupo de mães na mesma situação pode ser tão interessante. Ao compartilhar suas emoções com outras mulheres, não fica mais aquele sentimento sem nome pairando no ar", ressalta Cristina. "E há também o aspecto social, o sair de casa e se reintegrar a uma atividade prazerosa. Quando tive meu filho, hoje com 4 anos, eu sentia tanta vontade de estar com outras pessoas que voltei a frequentar o grupo de grávidas do qual fazia parte durante a gestação. Era até engraçado estar lá com meu bebê nos braços, mas na época não existia nenhum grupo de apoio a mulheres no pós-parto. Algum tempo depois, acabei sendo convidada para coordenar um", lembra.
Trocas virtuais
Quando não é possível fazer parte de um grupo de "carne e osso", dá para recorrer às inúmeras redes virtuais formadas por mães e para mães. São mulheres que trocam todo tipo de experiência sobre maternidade através de blogs e formam uma espécie de irmandade, como a Rede Mulher e Mãe. "Esse movimento é maravilhoso. Mesmo quando não há a mediação de um profissional, só o fato de existir troca já é um alento", observa Cristina.
Portanto, sempre que sobrar um tempinho entre uma mamada e outra, vá até o computador e dê uma espiada no que outras mães como você andam vivendo e relatando. O melhor de tudo é que em muitos grupos as mulheres acabam combinando encontros reais, enriquecendo a vida social de todas elas.
E, claro, não deixe de solicitar ajuda quando achar necessário. Muitas vezes as vovós, tias ou madrinhas estão só esperando um telefonema para poder dar uma força. Mesmo que sua família não seja tão numerosa como as de antigamente, com certeza haverá alguém para passar algumas horinhas com seu filhote enquanto você arruma um tempo para cuidar de si.


Mais ajuda
O grupo de apoio às mulheres no pós-parto coordenado pela psicóloga Cristiana Toledano se reúne toda segunda-feira, das 14h às 16h, no Espaço Nascente, em São Paulo. A participação é gratuita. Mais informações em http://cristoledano.blogspot.com/.
A Casa Moara, na zona sul da capital paulista, também conta com um grupo de apoio ao pós-parto. A participação é gratuita. Mais informações em http://casamoara.com.br/.

Matéria na 2a edição da revista Ana Maria Braga - Tem solução?


Minha contribuição para a matéria da jornalista Cintia Dalpino A Nova Mãe na 2a edição da revista ANA MARIA BRAGA

 Tem solução?

10 dicas de como amenizar o sofrimento que as mães sentem quando deixam seus filhos para irem trabalhar, e para aquelas que largam o emprego para ficarem com os filhos.


1-    É importante que a mulher possa se permitir viver esta confusão de sentimentos neste momento. As duas dimensões, a do trabalho e a da maternidade são importantes, e por isso merecem atenção. Só assim é possível a ela ir identificando o que é fundamental dentro do seu contexto de valores e da vida prática e ir fazendo as escolhas desejáveis e possíveis.

2-    Atentar para as idealizações do que é ser uma “boa mae”, e uma “boa profissional” que podem estar presentes. Estes ideais raramente condizem com a experiência real da mulher neste momento de sua vida. Eles são ruins porque podem impedir ou dificultar que as mulheres façam escolhas próprias e criativas, geram culpas paralizantes e/ou nocivas (porque a mulher não consegue nunca atingir este ideal e se sente sempre em dívida consigo mesma, com o filh@, e com os outros). Eu sempre digo para as mulheres que acompanho nos grupos e no consultório: Nossos filhos não querem mães ideais, querem mães reais. Eles terão isso como referência na vida deles também.

3-    Pode fazer parte do processo a experimentação. As vezes um lado precisará ser privilegiado, para ser conhecido. Entendo isso como uma forma da mulher ir, através da experiência, ir dando consistência a este debate interno, e a partir da experiência concreta, e não de uma racionalização, encontrar um equilíbrio.

4-    Ter clareza dos seus limites, e assumi-los. Nem tudo vai poder ser cuidado e executado a perfeição. Buscar ter essa clareza, ajuda a mulher baixar a ansiedade e a culpa. Se forem coisas importantes mas que ainda assim são difíceis de sustentar, peça ajuda. A gente não tem que dar conta de tudo, e isso é bom!


5-    Não desconsiderar a culpa, mas cuidar para que ela não paralise ou que se arraste. A culpa é um sinalizador do que é importante de ser cuidado por nós. Neste sentido, ela pode ser nossa aliada, ao ser a força motriz que nos leva `as mudanças necessárias para que possamos levar uma vida mais plena de sentido. A culpa que paralisa ou que se arrasta é fruto de idealizações e  da dificuldade em reconhecer os próprios limites.

6-    Trabalhar é cuidar, e cuidar é trabalhar. Muitas vezes a mulher e as pessoas ao seu redor fazem esta dissociação entre uma coisa e outra. É importante lembrar que, além da questão financeira que vai permitir o sustento da criança, trabalhar pode ser realizador pra mulher. Nessa hora a máxima “mãe feliz, bebê feliz” faz todo sentido. Para as mães que escolhem ficar em casa com os filhos, cuidar de uma criança não é tirar férias, exige muita dedicação, e portanto é trabalhoso. Lembrar que uma babá é paga para fazer o mesmo.

7-    Qualidade vs quantidade. Quantidade não necessariamente equivale a qualidade! Não são a quantidade de horas com o bebê, ou de volume de trabalho, que determinam a qualidade da relação ou da realização. As vezes, menos horas mais bem vividas e com menos volume de trabalho, podem ser mais produtivos e mais significativos.

8-    Organizar e expressar. Esta é uma dica mais prática: Se estiver difícil fazer uma escolha entre as duas possibilidades, uma listinha mental ou escrita de prós e contras de cada um pode ajudar bastante nesta reflexão. Falar sobre isso com outras pessoas e ouvir outras experiências pode ser, além de reconfortante, uma boa troca de idéias.

9-    Se preservar das opiniões alheias pouco construtivas. O anúncio de uma possível mudança na vida deixa não só nós mesmos inseguros, mas as pessoas ao nosso redor também. Pessoas próximas ou os “palpiteiros” podem deixar este processo de escolha pessoal mais sofrido e difícil, portanto, compatilhe com quem possa te ajudar.

10- Não perder a esperança! Tem saída sim para esta dúvida cruel! Quanto mais atenção a mulher puder dar a este conflito, mais consistente será sua resolução.

 Cristina Toledano

 

Sobre os conselhos, comentários e julgamentos no pós-parto

6o texto no Portal Uma Mãe das Arábias


Sobre os conselhos, comentários e julgamentos no pós-parto
Acho que uma das coisas que ouço os pais mais reclamarem nos grupos de pós-parto é sobre as falas dos outros a respeito de suas escolhas e modos de agir com seus filhos e filhas. Queria fazer um recorte sobre este tema – que é super amplo, e que dá muito pano pra manga – e aprofundar em um aspecto que acho importante.
O casal, ou a mãe, muito provavelmente estão vivendo a chegada de um(a) filh@ pela primeira vez e, se não, ainda assim, cada filho é um filho, e somos sempre diferentes a cada nova experiência.  Usei a palavra experiência não à toa. A experiência, o experimentar, acaba, muitas vezes, sendo obscurecido debaixo da enxurrada de conselhos, comentários e julgamentos que caem sobre vossas cabeças... e quando eles vêm, fecha o tempo.  Acaba a brincadeira e pode vir a raiva, o medo, a insegurança.
Qualquer semelhança com o universo infantil não é mera coincidência... a gente pode, pela culpa e pela raiva, perder de vista o que exatamente está se dando e que, aliás, é o essencial: que nós possamos experimentar modos de ser e chegar às nossas próprias descobertas. Os conselhos e comentários podem até nos servir de referência, porém, de nada servem se não pudermos senti-los adequados a nós, e isso só se dá por meio do nosso contato real com a experiência. Senão é mera reprodução.
Se tem uma coisa que a criança desperta e continuará despertando em seus pais é a novidade. Porque que então, os pais deveriam saber como ser? E uma vez sendo alguma coisa, dentre tantas possibilidades, ela também não pode ser uma via de conhecimento, válida e legítima? E qual o problema em rever tudo depois, reinventar, a partir de necessidades ou sentimentos reais? Não é assim que os cientistas e artistas – exploradores por excelência – são e agem?
Se pudermos cultivar o ser explorador em nós, também acolheremos essa possibilidade em nossos filhos, que desde cedo são exatamente assim: pequenos descobridores, que desbravam essa aventura que é a vida. E quantos tesouros eles desvendam... Certo e errado, bom e mal, ganham consistência assim. Não porque me disseram, mas porque descobri assim. Ampliam-se assim as possibilidades de estar na vida, e ganha-se algo precioso: a maturidade.