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ESPECIAL: Mães empreendedoras cuidam de outras mães no pós-parto
São múltiplos os fatores (sociais, emocionais, físicos, familiares e etc) envolvidos no processo que se chama de pós-parto. Por isso, cada uma e todas as mães deveriam ter uma atenção especial de familiares, amigos e companheiros(as) neste momento.
Pensando nisso, mulheres que são mães e já passaram por este momento criaram produtos e serviços para atender e acolher mães neste momento tão delicado. Vamos conhecer um pouco sobre o trabalho de Priscila Castanho, da Abraço Materno; Rosangela Alves, da Sampa Sling; Tatiana Tardioli, da Dança Materna; Isadora Canto, do Projeto Acalanto; Ligia de Sica, da Bebechila; e Cris Toledano, psicóloga e coordenadora de grupos de apoio ao pós-parto.
Priscila, da Abraço Materno |
“Uma mãe acolhida, cuidada, ouvida e acariciada é com certeza a melhor forma de viver uma maternidade feliz e plena. E isso reflete diretamente nos cuidados com o bebê, seu crescimento e desenvolvimento”, afirma Priscila Castanho, da Abraço Materno. A empresa oferece massagens em gestantes, no pós-parto e dá cursos de Shantala, a massagem para bebês. Além disso, Priscila atende como doula pós-parto.
Rosângela, da Sampa Sling |
Tatiana, da Dança Materna |
Com uma coisa todas concordam: trata-se de um período muito especial e, em geral, rondado por medos, angústias e inseguranças. “Esta é uma fase muito peculiar da vida, onde há uma grande quebra do que era a vida que a mulher tinha antes de ter o bebê, a imagem que tinha dela mesma, em relação ao momento presente, que exige dedicação total ao pequeno e um contato extremo com ela mesma, que muitas vezes leva à revisão de seus conceitos e crenças. Isto pode ser muito transformador se tomado como uma grande oportunidade de autoconhecimento, mas pode também ser um terreno muito árduo de se transitar se ela ficar muito sozinha. Nem sempre há pessoas próximas com disponibilidade de tempo para apoiar a mulher nesta fase da vida”, afirma Tatiana Tardioli, idealizadora da Dança Materna.
Para ela, por mais que a família e os amigos mais próximos queiram estar presentes, estão “no tempo do mundo, do dia a dia corrido”, enquanto a mulher experimenta no pós-parto uma outra relação com o tempo, os espaços que antes frequentava e mesmo com as pessoas. “Precisa conviver com outras mães recentes e compartilhar experiências. Ser acolhida em suas dúvidas, medos, alegrias, variações de humor e tudo o mais que vem nesse período que dura muito mais do que os 40 dias "oficiais". É importante para que ela possa ser reinserida na vida social, e se sinta apoiada, compreendida e acolhida e que viva estes primeiros tempos com o bebê inteiramente em toda sua intensidade. Se ela tiver o apoio do marido nesse sentido, será de fundamental importância”, afirma Tatiana.
Mães: uma tribo
A psicóloga argentina Laura Gutman afirma esta necessidade: de as mães estarem em grupo, para compartilhar experiências e se apoiarem: “Nenhuma mãe deveria estar sozinha com um filho pequeno nos braços. A espécie humana foi desenhada para andar em manadas, em tribos. Nós, mães modernas, precisamos organizar uma tribo que nos apoie e ofereça companhia e compreensão”, disse ela em entrevista o site Mamatraca.
A psicóloga paulistana Cris Toledano, desde 2008, organiza grupos com esta intenção. O grupo de encontro e acolhimento de mulheres no pós parto é um grupo de mulheres que acabaram de experimentar a chegada do seu bebê. “A troca, neste momento intenso e cheio de novidades, além de rica é reconfortante; ajuda a apaziguar a solidão, as dúvidas, os medos e anseios tão comuns neste momento da vida”, afirma ela em seu blog.
Isadora Canto, do Projeto Acalanto |
Para Tatiana, estar em grupo é fundamental e realizar uma atividade como a dança traz outros benefícios. Ela conta que a dança promove um espaço de diálogo entre as mulheres; favorece o vínculo com o bebê (que nem sempre é imediato, ao contrario da expectativa que se tem); contribui para que a mulher se empodere a partir da troca de experiências, no que se refere às decisões que toma sobre como maternar seu bebê; viabiliza um encontro com ela mesma, com momentos onde vai poder se cuidar, com auto-massagem, alongamento, e outros recursos que propiciarão que ela se sinta em casa neste corpo que muda tanto quanto suas emoções, desde que ela engravidou; possibilita que ela viva momentos felizes dançando com seu bebê, independente do contato que ela tenha ou não com a dança anteriormente; e ensina estratégias que ela vai poder usar em casa para cuidar dela mesma, acalmar o choro do bebê e fazê-lo dormir.
Isadora Canto, mãe, cantora, compositora e idealizadora do Projeto Acalanto também acredita que uma atividade artística pode contribuir para o vínculo entre mãe e filho recém-chegado ou ainda na barriga. No Projeto Acalanto, ela usa canções, composições e atividades musicais para construir a comunicação entre mãe e bebê desde a gestão.
Ligia de Sica, da Bebechila |
Em um sentido - podemos dizer - mais "prático", relacionado às pequenas inseguranças do dia-a-dia, Ligia de Sica oferece apoio e conforto às mamães, por meio da Bebechila.
"As mochilas, bolsas e acessórios da Bebechila tem como intenção dar
conforto e segurança para as mães. Neste comecinho de vida materna,
muitas mulheres não se sentem à vontade para sair com o bebê para
passear. A ideia dos nossos produtos é ajudar a mãe no sentido de
conduzi-la a um passeio com tranquilidade e segurança, já que certamente
ela estará levando tudo que precisa para cuidar de seu bebê", explica
Ligia. Os compartimentos e divisórias das malas e mochilas são pensados
de acordo com cada ocasião de saída com os bebês, desde a maternidade
até os passeios mais curtos, passando pelos momentos da alimentação e da
higiene.
Ela explica
como um produto como a Bebechila pode ajudar no vínculo entre a mãe e o
bebê. "Quando a mãe se sente segura para sair, ela entende que seu filho
não é apenas um pequeno ser que demanda atenção todo tempo, mas pode
ser uma agradável companhia para passeios deliciosos. Além disso, livre
de preocupações - como uma lista de coisas para lembrar toda vez que tem
que sair - ela libera espaço emocional e energia para se dedicar mais
ao filho. Além do que, na prática, a mochila libera as mãos e o corpo
para ficarem disponíveis para o bebê que é o mais importante", afirma,
acrescentando que, no caso da Bebechila, o conforto, o vínculo e o
cuidado extrapolam o pós-parto e acompanham mães e filhos por bastante
tempo.
Estes são alguns exemplos de mães empreendedoras que estão preocupadas com o bem-estar de outras mães e que fazem de sua sabedoria e seus aprendizados um trabalho para transformar a vida de outras mães.
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